sábado, 16 de fevereiro de 2019

LAVA JATO DA EDUCAÇÃO DERRUBA BOLSA.

Lava Jato da Educação derruba na Bolsa gigantes do ensino
 - As ações de gigantes da educação despencaram nesta sexta-feira (15) após o MEC (Ministério da Educação) anunciar a intenção de investigar indícios de corrupção na pasta.
Os papéis da Kroton (-6,21%) e da Estácio (-5,2%) lideraram as quedas do Ibovespa (principal índice brasileiro), que também fechou em baixa de 0,5%, a 97.525 pontos.
A Ser Educacional e a Ânima Educação, que não compõem o índice, caíram 7,2% e 1,25%, respectivamente.
Na quinta-feira (14), o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, disse que uma investigação feita pela nova gestão do MEC pode dar início à "Lava Jato da Educação", conforme informou o ministério em nota.
Rodríguez assinou um protocolo de intenções com o objetivo de apurar indícios de corrupção, desvios e outros tipos de atos lesivos à administração pública no âmbito do MEC e de suas autarquias nas gestões anteriores.
Além de Rodríguez, ratificam o documento os ministros Sergio Moro (Justiça) e Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União) e o advogado-geral da União, André Mendonça. Participou do encontro ainda o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo.
Entre os casos apurados estão supostos favorecimentos considerados indevidos no ProUni (Programa Universidade para Todos), desvios no Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), concessão ilegal de bolsas de ensino a distância e irregularidades em universidades federais.
Investidores temem que empresas do setor possam ser implicadas, o que afetaria negativamente sua imagem e afastaria alunos.
"Se houve corrupção e alguma instituição se envolveu, isso pode ter impacto negativo na sociedade e no número de matriculados e ingressantes. Aí, o mercado financeiro se preocupa", diz William Klein, presidente da Hoper, consultoria especializada em educação.
O ministério informou que a investigação é uma das principais metas da pasta dentro do plano de ações dos cem primeiros dias.
O MEC encaminhará documentos para que o Ministério da Justiça, a Polícia Federal, AGU e CGU possam aprofundar investigações, instaurar inquéritos e propor eventuais medidas judiciais.

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