A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (19) a 60ª fase da operação Lava Jato e prendeu um operador financeiro responsável por fornecer recursos para o esquema de propinas da empreiteira Odebrecht, informou a PF em nota.
Além da prisão de Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, ex-diretor da Dessa e suspeito de operar para o PSDB, a PF também faz buscas em endereços ligados ao ex-senador e chanceler Aloysio Nunes (PSDB).
No fim da tarde desta terça (19), Nunes deixou o posto de presidente da Invest SP, após uma reunião com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
“O preso é um conhecido operador financeiro já indiciado em outras fases da operação Lava Jato e suspeito de ter fornecido grande parte dos recursos para a empresa. Também foi determinada ordem judicial de bloqueio de ativos financeiros dos investigados”, informou a PF em nota, sem identificar o detido.
A nova fase, batizada de Ad Infinitum, apura um esquema de lavagem de dinheiro existente entre 2010 e 2011 por meio do qual operadores financeiros repassavam dinheiro para o esquema de propinas da empreiteira, conhecido como Setor de Operações Estruturadas.
Esses recursos posteriormente abasteceram campanhas eleitorais e foram usados no pagamento de propinas a agentes políticos, disse a PF.
Segundo a corporação, 46 policiais federais cumprem 12 mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva nas cidades de São Paulo, São José do Rio Preto, Guarujá e Ubatuba.
As investigações se basearam em depoimentos de colaboradores da Odebrecht e doleiros. A empreiteira, seus executivos e funcionários firmaram acordos de delação premiada com a Justiça.
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