Importante para Jair Bolsonaro durante o período eleitoral, o WhatsApp parece ter se tornado uma das ferramentas favoritas do presidente para se comunicar. Uma reportagem publicada nesta semana pela Folha de S. Paulo indica que o presidente tem adotado o app para conversar com ministros e autoridades, revelar impressões e divulgar informações.
O acesso é feito por meio de um celular comum, e não pelo telefone criptografado fornecido pela Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, já que o aparelho não permite a instalação de aplicativos como o WhatsApp e o Twitter.
Segurança
O celular da Abin, chamado de Terminal de Comunicação Segura (TCS) é fornecido para o presidente com o objetivo de garantir a segurança de suas informações. Ele só permite a comunicação criptografara com dispositivos semelhantes, garantindo que nenhuma informação vaze.
O uso do aplicativo, no entanto, tem preocupado o setor de inteligência do governo. Há um receio de que o presidente adote o WhatsApp para assuntos oficiais, como despachos com sua equipe, o que pode colocar em risco o sigilo das informações. Para acessos de Bolsonaro, o aplicativo não é seguro o suficiente e não garante o sigilo absoluto.
Em entrevista à publicação, o porta-voz do governo, Otávio Santana do Rêgo Barros, afirmou que o presidente tem evitado utilizar o app para assuntos confidenciais. “Ele utiliza para o envio de mensagens informais. Em relação aos assuntos que exigem reserva, ele opta pelos meios de comunicação da Presidência da República”, declarou.
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