domingo, 10 de fevereiro de 2019

O PESADELO DO SENADOR RENAN CALHEIROS.


Na vida pública desde 1978 e 4 vezes presidente do Senado, Renan Calheiros (MDB-AL) tem hoje um papel na Casa que até pouco tempo atrás era impensável. 
Renan viu sua influência diminuir com o início dos trabalhos dos parlamentares eleitos na onda da renovação política. Além de perder a disputa para presidente da Casa, o senador ficou de fora da distribuição dos principais cargos.
Em um movimento para garantir espaço ao partido, o líder do MDB, Eduardo Braga (MDB-AM) deve aceitar o acordo com o grupo do novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e indicar Simone Tebet (MDB-MS) para presidência da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), a principal da Casa, por onde passam todas as propostas. A escolha oficial será na próxima semana.
Opositora de Renan na bancada com 13 integrantes, a maior do Senado, Tebet sofreu uma derrota entre os correligionários, mas se recuperou. O grupo resolveu indicar o alagoano como candidato à presidência do Senado, porém, diante de cada vez mais votos declarados para seu principal adversário, Renan renunciou no último sábado (2) e a vitória ficou com Alcolumbre, aliado de Tebet.
Na articulação para retribuir o apoio de legendas aliadas, o novo presidente acertou que o PSDB ficaria com o comando da CCJ. O partido, contudo, abriu mão do posto para o MDB, desde que não indicassem alguém da ala de Renan.
Após a divisão na votação do fim de semana, senadores relataram à reportagem, reservadamente, que há um desejo entre os emedebistas aliados ao alagoano de “virar a página” para brigar por espaços no Senado e alinhar o relacionamento com o governo de Jair Bolsonaro. Alcolumbre é próximo ao ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni

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