segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

BRASIL MONTA BARREIRA NA FRONTEIRA COM A VENEZUELA.

Manifestantes atiram pedras contra militares venezuelanos na fronteira com o Brasil Manifestantes atiram pedras contra militares venezuelanos na fronteira com o Brasil
Militares brasileiros montaram neste domingo (24) uma barreira de contenção em Pacaraima, perto da fronteira com a Venezuela, depois que manifestantes venezuelanos atiraram pedras da zona de trânsito limítrofe na direção de soldados do seu país, que reagiram atirando bombas de gás lacrimogêneo.
Cerca de 20 jovens com os rostos cobertos atiraram pedras e outros objetos da área situada entre as duas alfândegas contra homens da Guarda Nacional Bolivariana (GNB), que desde a quinta-feira passada bloqueia o acesso ao país por ordem do presidente Nicolás Maduro.
A GNB avançou mais que o habitual até o limite fronteiriço e se alinhou com escudos a 50 metros da fronteira, lançando bombas de gás lacrimogêneo na direção dos manifestantes. A barreira foi reforçada com três veículos antimotins, comprovou a AFP.
Alguns encapuzados voltaram a incendiar objetos dentro de um posto militar venezuelano, depois dos distúrbios similares do sábado.
Depois de terminados os confrontos, 500 simpatizantes de Maduro chegaram à localidade limítrofe e hastearam a bandeira da Venezuela, que na véspera tinha sido baixada por manifestantes do lado brasileiro.
Maduro decretou o fechamento por tempo indeterminado desta fronteira, tentando impedir a entrada de carga de alimentos e medicamentos, que a oposição pretendia levar a território venezuelano no sábado.
Dois caminhões com 8 toneladas de ajuda humanitária, doada por Washington e Brasília, permanecem estacionados em instalações militares da Operação Acolhida, destinada a migrantes venezuelanos no Brasil.
O coronel do Exército brasileiro Georges Feres Kanaan esclareceu que a barreira montada não significa que o Brasil tenha fechado a passagem fronteiriça.
"Estamos cuidando para que ninguém se machuque, este é um confronto entre civis e militares venezuelanos", disse à AFP o oficial, acrescentando que não haverá reforço militar, mas que efetivos já destacados na fronteira vão garantir a integridade das pessoas.
Várias ambulâncias entraram desde o sábado em território brasileiro, trazendo pelo menos 18 venezuelanos feridos a tiros em confrontos em Santa Elena de Uairén, a 20 km de Pacaraima.
O governador de Roraima, Antônio Denarium, declarou neste domingo estado de calamidade na saúde pública do estado, o que lhe permitirá liberar mais recursos para atendimentos médicos.

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