segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

FAMÍLIA BOLSONARO QUER NOVA UDN.

Com a mudança, a família Bolsonaro buscaria preservar seu capital eleitoral diante do desgaste do PSL. 
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) se reuniu, na semana passada, em Brasília, com dirigentes da sigla UDN (União Democrática Nacional) na intenção de articular uma saída do clã Bolsonaro do PSL
A nova UDN, uma reedição do partido de mesmo nome surgido em 1945 em oposição à ditadura de Getúlio Vargas, está em fase final de criação. A legenda tem divulgado seu projeto político de reunir figuras de destaque da direita nacional pautadas pelo liberalismo econômico e caráter nacionalista-conservador.
Três fontes ouvidas e citadas em sigilo na reportagem do jornal O Estado de São Paulo confirmaram a reunião de Eduardo e apontaram que o deputado tem urgência em levar adiante o projeto. Segundo elas, a família Bolsonaro pretende tirar seu capital eleitoral conquistado em 2018 da linha de tiro que atualmente visa o PSL. A mudança encabeçada por Eduardo teria, ainda segundo o jornal, apoio de seu irmão, o vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ).
No início de fevereiro, o deputado estadual foi fortemente elogiado por Steve Bannon, ex-assessor do presidente americano Donald Trump, e declarado por ele como o representante na América do Sul do The Movement, grupo que reúne lideranças mundiais de perfis nacionalistas.
O projeto de migração para o novo partido é tratado com discrição no entorno do presidente Jair Bolsonaro. Por ser uma sigla nova, a legislação eleitoral autoriza a migração de políticos sem que eles corram o risco de perder seus mandatos por infidelidade partidária.

A NOVA UDN

Nas eleições de 2018, a UDN foi um dos partidos – embora ainda sem registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) – cogitados para abrigar Jair Bolsonaro, então candidato à presidência.
Marcus Alves de Souza, dirigente da UDN, revelou ao jornal O Estado de São Paulo que a legenda já reuniu 380 mil assinaturas – são necessárias 497 mil para a homologação da legenda. O partido já possui CNPJ e diretórios em nove Estados, como exige a legislação eleitoral para a homologação.
A assessoria do Palácio do Planalto informou ao jornal O Estado de São Paulo que não iria se manifestar sobre o assunto. As assessorias do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), do deputado Eduardo Bolsonaro e do vereador Carlos Bolsonaro também não se pronunciaram

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