domingo, 9 de novembro de 2014

ISENTAR IMPOSTOS DE REMÉDIOS GERA QUEDA DE ARRECADAÇÃO


 (Ed Alves/CB/D.A Press)


A cada três caixas de medicamento comercializadas no país, pelo menos uma equivale à quantidade de tributos pagos pelo consumidor. As taxas de impostos sobre produtos farmacêuticos praticadas no mercado nacional, que giram em torno de 35,7%, fazem do Brasil o líder mundial em tributação sobre medicamentos.

Há projetos e ideias espalhados pelo país com o intuito de mudar a situação, todas eles polêmicas, seja por mexer com a arrecadação de impostos e existirem brechas, seja por serem considerados propostas eleitoreiras. Uma delas vem do senador eleito José Antonio Reguffe (PDT). Ele defende o fim da cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), tributo distrital de 17% sobre o valor de qualquer remédio.

A proposta de isentar de cobrança tributária distrital os medicamentos vendidos no DF foi apresentada por Reguffe ao grupo de especialistas que montaram o plano de governo do governador eleito, Rodrigo Rollemberg (PSB). A iniciativa, ao lado da proposta de redução de 60% no número de cargos comissionados na estrutura administrativa do GDF, foi, inclusive, condição imposta por Reguffe para consolidar a aliança com o socialista. Para o novo senador, há plenas condições de instituir a medida no próximo ano. Mas especialistas em arrecadação tributária apontam que o projeto deve provocar uma renúncia fiscal anual de R$ 300 milhões, só em impostos distritais.

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