quarta-feira, 14 de outubro de 2015

CONSELHO DE ÉTICA RECEBE REPRESENTAÇÃO CONTRA O PRESIDENTE DA CÂMARA

Deputado José Carlos Araújo PSD/BA
Presidente do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, José Carlos Araújo (PSD/BA)(Beto 
Após permanecer paralisado ao longo de todo este ano, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados retoma os trabalhos nos próximos dias com a missão de analisar o pedido de cassação do mandato do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), algo até então inédito para o colegiado, criado em 2001. A função de investigar Cunha caberá ao presidente do Conselho, José Carlos Araújo (PSD-BA) - nome, que Cunha trabalhou contra durante a eleição para o cargo, em março deste ano.
Araújo nega ainda se sentir pressionado: "Não tem pressão. Ninguém pode me tirar daqui. O Conselho de Ética não é como as outras comissões, que o líder pode tirar a qualquer momento. Só se eu morrer ou renunciar. E nada disso está nos meus planos", disse. "Para mim não tem influência. Ele não vota comigo, não é do meu Estado, não tem porque eu temer qualquer influência dele. Ele nunca me deu nada para relatar e ainda foi contra a minha eleição. Ele tinha um candidato que era amigo dele, e eu não era. Não tinha compromisso politico com ele", continuou o deputado baiano, lembrando que Cunha apoiou o seu adversário na disputa pelo conselho, o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP).
José Carlos Araújo, que preside o colegiado pela terceira vez, minimiza o posto de Cunha para a apreciação do processo de cassação. "Não vou investigar o presidente da Câmara. Vou investigar o deputado Eduardo Cunha. O presidente está lá, no plenário e na sala dele. Aqui no conselho só tem um presidente, que sou eu. O Cunha não interfere aqui", disse Araújo. "A roupa de presidente fica no gabinete dele. Aqui, ele será apenas um deputado", continuou.

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