domingo, 14 de fevereiro de 2016

DILMA DÁ PASSO CERTO EM DIREÇÃO AO CONGRESSO

Território Hostil Dilma foi vaiada ao falar na CPMF em seu discurso,apesar do constrangimento a presidente acertou ao ir ao Congresso (Foto: CHARLES SHOLL/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO)
Na terça-feira, dia 2 de fevereiro, a presidente Dilma Rousseffcompareceu, pessoalmente, à cerimônia de abertura do ano legislativo no Congresso Nacional para entregar a mensagem do Executivo aos parlamentares. Desde o governo José Sarney, que marcou a redemocratização do país, esta foi a primeira vez em que um presidente da República, fora do início do mandato, toma essa iniciativa. A não ser em começo de mandato, como Dilma fez em 2011, a tarefa de entregar a mensagem é atribuída, de praxe, ao chefe da Casa Civil.
O gesto de Dilma pode ser interpretado como mais um sinal da gravidade da crise por que passa o Brasil. Mas deve ser saudado também como um reconhecimento por parte da presidente – que não se notabilizou no primeiro mandato pela abertura ao diálogo – de que não haverá saídas para a atual crise sem a construção de consensos em torno de algumas medidas. A presidente já havia adotado essa postura mais humilde e conciliadora na reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, oConselhão, com lideranças empresariais, sindicais e da sociedade civil. Mas era importante que ela tivesse a mesma atitude perante o Congresso Nacional, sem a mediação do qual a construção desses consensos não será possível.
Para além do simbolismo dos gestos, o discurso de Dilma conteve também algumas mensagens importantes. A presidente enfatizou a necessidade de uma agenda de reformas com o objetivo de dar sustentabilidade às contas públicas a médio e longo prazos, reduzir o crescimento dos gastos primários do governo (ainda que ela tenha falado em metas “flexíveis”) e de criar um cenário de maior confiança na economia brasileira. Entre essas reformas, Dilma destacou, mais uma vez, a do sistema de Previdência Social, para adequá-lo ao envelhecimento da população.

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