terça-feira, 1 de maio de 2018

PRÉDIO DESABA EM SÃO PAULO NO LARGO DO PAISSANDÚ

Willian Moreira/Futura Press
- Um incêndio de grandes proporções atingiu dois edifícios no largo do Paissandu, no centro de São Paulo, próximos à avenida Rio Branco. O fogo começou por volta da 1h30 e às 2h50 um dos prédios, de 22 andares, que desabou. Há ao menos um morto no incidente e bombeiros buscam por desaparecidos com auxílio de cães farejadores em meio aos escombros.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o fogo no segundo prédio já foi controlado e não existe risco de desabamento. Os esforços para apagar alguns focos de incêndio na área continuam.
A Igreja Martin Luther, vizinha do edifício que desabou, também teve sua estrutura danificada. O templo é a primeira paróquia evangélica luterana da capital, inaugurada em 1908.
Moradores do prédio afirmam que o incêndio começou após uma explosão no quinto andar. Eles desconfiam que se trate de um botijão de gás. Após a explosão, houve fogo e fumaça pelo prédio.
A costureira Iraci Alves diz que estava no prédio quando o fogo começou. "Foi uma explosão muito forte. Saí só com a minha roupa", diz. Ela afirmou que parte interna do prédio era de madeira e, por isso, o fogo se alastrou muito rápido.
Iraci dava uma entrevista para uma emissora de TV quando gerou indignação nos demais moradores ao falar que a ocupação pedia apenas uma taxa opcional. "É mentira. Estão falando invasão, mas todo mundo pagava aluguel. Eu pagava R$ 200", disse o estudante Leandro Bueno, 16. Segundo ele, as condições de segurança do local eram péssimas.
A peruana Gredy Yune, 50, disse que os organizadores da ocupação chegaram a pagar juros. Ela mostrou à reportagem um carnê que marcava as mensalidades.
A responsável pela ocupação, dizem os moradores, é uma mulher conhecida como Nil. Segundo eles, a mulher desapareceu após o incêndio.
A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros dizem que somente a perícia poderá confirmar as causas do incêndio. Há ao menos um morto, três feridos, e bombeiros buscam por desaparecidos, moradores dizem que havia pessoas no topo do prédio no começo do incêndio.
Foram enviados 160 agentes e 57 carros do Corpo de Bombeiros para a ocorrência, além de unidades da Polícia Militar, SAMU, CET e Defesa Civil.
De acordo com a área de comunicação da Prefeitura de São Paulo, a Defesa Civil está no local para verificar possíveis danos nos prédios vizinhos e a CET está organizando bloqueios na região. A SMADS (Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social) está providenciando abrigamento para as famílias

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