segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

CRISE NA VENEZUELA PODE MUDAR ESTA SEMANA.


Isolado depois de mais de 10 chefes de Estado declararem apoio ao presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, como presidente interino do país, Nicolás Maduro terá de tomar uma decisão sobre o que fazer caso os Estados Unidos ignorem a ordem de fechar a embaixada americana em Caracas. 
Ao romper com os EUA na quarta-feira (23), Maduro deu 72 horas para os diplomatas americanos deixarem o país. Logo após a declaração, Guaidó pediu ao governo americano que mantivesse a estrutura da embaixada intacta na capital. 
Maduro está diante de um impasse, que pode desgastá-lo ainda mais. A situação é um teste que pode mudar a história da Venezuela em poucos dias. Entenda o que está em jogo no futuro do país vizinho. 

1. A relação entre Maduro e as Forças Armadas

Um dos pilares de sustentação de Maduro na Venezuela é o apoio da Guarda Nacional e das Forças Armadas. São elas que têm contido as manifestações contrárias ao regime.
Na tarde desta quinta (24), o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, declarou, ao lado da cúpula militar venezuelana, que as Forças Armadas “defendem a Constituição e são garantidoras da soberania nacional”, e que Maduro é o “presidente legítimo”.
Porém, líderes da oposição têm apelado para que os militares se rebelem e já há indícios de insurgência. Nesta semana, 27 militares de baixa patente da guarda foram presos, após roubarem armas, dois blindados e gravarem vídeos estimulando a população a derrubar o regime de Maduro. 
É neste cenário que cabe a Maduro pedir a essas forças para cercar a embaixada dos Estados Unidos. Há a possibilidade de que a ordem não seja acatada, o que ruiria o pouco respaldo que o ditador ainda ostenta.

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