A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, justificou a sua presença na posse do ditador Nicolás Maduro nesta quinta-feira (10) afirmando que a eleição na Venezuela aconteceu de acordo com as regras constitucionais vigentes e enfrentou candidaturas de oposição legítimas.
Segundo a petista, é preciso reconhecer o voto popular pelo qual Maduro foi eleito.
De acordo com a Folha, Hoffmann encontrou-se com o ex-presidente Lula em Curitiba para tratar da viagem.
Maduro foi eleito em maio com 67% dos votos. O processo eleitoral é acusado de fraudes e 75% dos venezuelanos reprovam o governo.
Veja o que Gleisi e o PT não entenderam sobre a ditadura na Venezuela.
Nicolás Maduro é visto não só pela oposição, mas por diversos governos, como um ditador, apoiado pelos militares. Maduro, que toma posse nesta quinta-feira (10), diz ser um “presidente democrático” e afirma que o país é “vítima” dos Estados Unidos e da “guerra econômica da direita”.
A eleição ocorreu em maio na Venezuela. À época, Maduro era reprovado por 75% da população e o processo eleitoral foi acusado de fraudes, com denúncias graves de compras de votos. Houve tentativa de boicote e 54% da população não compareceu às eleições - o maior índice de abstenção da história do país. O\ resultado também foi questionado pela comunidade internacional.
O candidato derrotado da oposição, Henri Falcón, denunciou mais de 350 violações às regras eleitorais e afirmou que não reconheceria o resultado das urnas. Ele chegou a exigir novas eleições.
De acordo com Falcón, houve pressão, chantagem e abuso do voto assistido, que é o uso de acompanhante para ajudar o eleitor na hora do voto. Maduro teve 67,7% dos votos contra 20,93% de Henri Falcón.
Outras lideranças da oposição foram impedidas de concorrer, seja porque estavam presos ou exilados ou porque foram proibidos de concorrer a qualquer cargo.
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