quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

NOVO JUIZ SUBSTITUI SÉRGIO MORO NA LAVA JATO.

O juiz federal Luiz Antonio Bonat é o primeiro da lista para substituir o ex-juiz Sergio Moro na condução dos processos da Operação Lava Jato, na 13ª Vara Federal de Curitiba.
Bonat é o juiz mais antigo a se inscrever no concurso interno do TRF (Tribunal Regional Federal) da 4ª Região para a vaga de Moro, que assumiu o Ministério da Justiça e da Segurança Pública do governo Jair Bolsonaro. O prazo para inscrição se encerrou na noite de segunda (21).
O critério de seleção é o de antiguidade -Bonat é juiz federal há 25 anos.
Nascido e formado em Curitiba, o magistrado já passou por Foz do Iguaçu, Criciúma e Curitiba. É especialista em Direito Público pela UFPR (Universidade Federal do Paraná) e, atualmente, é titular da 21ª Vara Federal em Curitiba, que atua na área previdenciária.
Em 2003, ele foi responsável pela primeira condenação criminal de uma pessoa jurídica no Brasil, num caso de danos ambientais à margem do rio Urussanga, quando era juiz federal em Santa Catarina.
A 13ª Vara Federal é responsável pelo julgamento dos processos da Lava Jato em Curitiba. Atualmente, eles são conduzidos pela juíza substituta, Gabriela Hardt --que chegou a interrogar o ex-presidente Lula em novembro.
Caberá ao novo juiz sentenciar, entre outros casos, a ação sobre o sítio em Atibaia que era frequentado por Lula, o processo sobre o terreno comprado pela Odebrecht que seria destinado ao Instituto Lula e a primeira denúncia de cartel contra as empreiteiras envolvidas em desvios na Petrobras.
No total, 25 magistrados se inscreveram para a vaga de Moro. Os cinco primeiros colocados, pelo critério da antiguidade, são, além de Bonat, os juízes Julio Guilherme Berezoski Schattschneider, Friedmann Anderson Wendpap, Antonio Bochenek e Marcos Josegrei da Silva.
Os candidatos ainda têm até a próxima quinta-feira (24) para desistir da concorrência, se assim desejarem. O resultado final deve ser anunciado na sexta (25).
Após o anúncio do resultado, a seleção ainda precisa passar pela corte do TRF, que irá julgar o processo de seleção. Só depois disso é que serão acertadas as datas para remoção

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