segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

MORO PÕE EM CHEQUE O COMBATE À CORRUPÇÃO.


Nesta segunda-feira (4), o ministro da Justiça e da Segurança Pública Sérgio Moroapresenta um projeto de Lei Anticrime em reunião com governadores e secretários de segurança pública dos estados em Brasília.
Um dos pilares do projeto é o combate à corrupção, tema que Moro, até então juiz da Lava Jato em Curitiba, elencou como prioridade desde que aceitou o convite de Jair Bolsonaro (PSL).
No entanto, a forma como o ministro tem lidado com o escândalo envolvendo o filho mais velho do presidente, o senador recém-empossado Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), pode colocar a perder os esforços pra demonstrar comprometimento com a pauta.
Questionado sobre o caso envolvendo Flávio e Fabrício Queiroz, ex-assessor do político na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), Moro já disse que “o governo nunca irá interferirno trabalho dos investigadores” e que não cabia a ele “comentar isso”.
 Ao silenciar sobre isso, ele [Moro] não ajuda a criar no País um alto padrão de transparência, de prestação de contasManoel Galdino, diretor-executivo da Transparência Brasil
Relatórios do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), hoje subordinado ao Ministério da Justiça, identificaram transações suspeitas nas contas bancárias de Flávio e Queiroz. Na última sexta-feira (1º), o pedido de Flávio por foro privilegiado foi negado pelo STF e as investigações devem ser retomadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro.  
Para Manoel Galdino, diretor-executivo da Transparência Brasil, entidade que monitora ações do poder público, o silêncio de Moro incomoda.
“Ao silenciar sobre isso, ele não ajuda a criar no País um alto padrão de transparência, de prestação de contas. Se existe uma investigação, o que o investigado deve fazer? Prestar esclarecimentos ao Ministério Público ou evitar explicações?”, questiona Galdino.

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