sábado, 28 de setembro de 2013

FILMA MOSTRA DOSSIÊ SOBRE A MORTE DE JANGO.

Dossiê Jango na tela
Foto: DIV
    Depois de Maio, de Olivier Assayas, França, 2012; Foi o grande vencedor como melhor roteiro original no festival de Veneza em 2012 e isso de fato não acontece por acaso.

    Em 1971, aos arredores de Paris e na própria capital a efervescência política é latente. Temos como protagonista Gilles (Clément Métayer), estudante do ensino médio que vive um dilema em ser ativista político ou artista. Como ativista o pré-adulto deveria obrigatoriamente se relacionar com o mundo, lutando por este, mas como artista ele não precisava fazer nada disso: seria mais solitário que um paulistano ( parafraseando o grande Zeca Balero ), teria apenas a obrigação de auto conhecer-te e mergulhar em seus pensamentos e percepções de vida para produzir seus trabalhos como desenhista e pintor.

    Além do protagonista o elenco era ainda encabeçado por Christine (Lola Créton), Alain (Felix Armand) e Jean-Pierre (Hugo Conzelmann) – que militam num grupo que defendia idéias revolucionárias, porém depois que uma “ação” dá em merda, todos eles são obrigados a ciganear durante outros países da Europa até a poeira baixar na França.

    Gilles , apesar de engajado politicamente, estava mais interessado em adquirir conhecimento para levar adiante sua arte – sua intenção é fazer cinema como seu pai, apesar de só saber pintar e desenhar. Particularmente duas nuances são importantes a serem destacadas no filme, que são: as idéias e ideais revolucionários dos jovens franceses da época de 1970 que depois viria a ser exemplo de luta por igualdade em outros países, e não diferentemente importante as experiências que esses mesmos jovens revolucionários tiveram durante esse período conhecendo drogas ilícitas como o LSD, heroína, maconha e raxixe, mas antes de tudo conhecendo a si próprios e o que seria melhor para eles, e isso não porque a “massa” dizia o que era bom ou ruim, ou seja, ter o discernimento para escolhas, ter opinião formada e não que deixem que a formem como meros “cidadãos –marionetes” estuprados pelos governos e seus sistemas escrotos.

    Um filme que aborda com sensibilidade o tema das revoluções, e pelo momento histórico que vivemos no Brasil com os nossos protestos nas ruas que poucas mudanças concretas  tiveram, se torna absolutamente necessário de assistir para então aprender a protestar com conhecimento de causas e o mais importante: com mudanças reais

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