quinta-feira, 1 de outubro de 2015

REFORMA MINISTERIAL SERÁ ANUNCIADA AMANHÃ

Evaristo Sa/AFP


Depois de emplacar praticamente tudo o que queria na reforma ministerial, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarca hoje em Brasília para apresentar à presidente Dilma Rousseff, durante almoço no Palácio da Alvorada, a última demanda petista: tirar Joaquim Levy da Fazenda e colocar, em seu lugar, Henrique Meirelles. Com base na pressão de petistas — e também de peemedebistas, Lula convenceu Dilma a tirar Aloizio Mercadante da Casa Civil e substituí-lo pelo baiano Jaques Wagner. “Essa reforma tem nome e sobrenome: Luiz Inácio Lula da Silva. Mas acho que trocar o ministro da Fazenda, nesse momento, é um lance muito ousado”, admitiu um petista com bom trânsito no governo e no partido.

Apesar de tudo estar praticamente decidido, há boas chances de a reforma administrativa ser anunciada apenas amanhã, e não mais hoje, com esperam auxiliares próximos da presidente. Para reforçar as suspeitas, Dilma cancelou a viagem que faria amanhã para Barreiras, na Bahia, para entrega de unidades habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida. “Não sei se não bica para sexta-feira. Tem muita coisa ainda a ser decidida”, confirmou o vice-presidente Michel Temer.

Durante reunião com a executiva nacional do PT, em São Paulo, na manhã de ontem, Lula disse que as mudanças a serem anunciadas pela presidente até o fim da semana deveriam ter ocorrido em novembro do ano passado, quando ela estava embalada nos 54 milhões de votos recebidos no segundo turno das eleições presidenciais.

O PT também queria outra troca, com uma chance menor de êxito: a saída de José Eduardo Cardozo do Ministério da Justiça. A especulação que correu por Brasília ontem era de que o petista poderia ser substituído por Nelson Jobim — que, a exemplo de Meirelles, não conta com a simpatia da presidente. Matéria recente do jornal Valor Econômico mostrou, no entanto, que ambos se reaproximaram e que o ex-ministro da Justiça e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal teria sido responsável pelas negociações, no STF, que levaram ao desmembramento das investigações da Operação Lava-Jat
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