terça-feira, 26 de setembro de 2017

PGR RESPONDE SOBRE AFASTAMENTO DE PROCURADOR

José Cruz/Agência Brasil

A polêmica envolvendo a exoneração do procurador-regional da República Sidney Pessoa Madruga, flagrado em uma conversa com a advogada da J&F Fernanda Tórtima, obrigará a nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, a promover uma ação de impacto para reverter a má-impressão inicial. Aliados de Dodge admitem que ela foi ágil em exonerar o procurador, reconhecendo que ele se excedeu nas falas em um ambiente público. Mas a nova chefe do Ministerio Público Federal sabe que existem “viúvas” do antecessor Rodrigo Janot atentos a qualquer deslize.


Segundo apurou o Correio, essas ações de impacto podem ser, por exemplo, dar celeridade a algum acordo de delação premiada emperrado na Procuradoria. Ou, ainda, agir em outras áreas nas quais atua com desenvoltura, como Direitos Humanos e Meio Ambiente. Além disso, especialistas lembram que ela terá de dar um freio de arrumação na equipe, para impedir que outros auxiliares falem além da conta.

Na polêmica conversa, Madruga falava sobre a “tendência” da PGR em investigar o procurador Eduardo Pellela, ex-chefe de gabinete do ex-procurador-geral Rodrigo Janot, por suposta atuação irregular nos acordos de delação premiada da JBS. No pedido de exoneração, Madruga afirma que o fez para preservar a credibilidade da instituição (...) e não permitir que se atinja o trabalho dos colegas que integram a valorosa equipe e a gestão que se inicia. “O Ministério Público não teme investigar quem quer que seja”, destaca o presidente da Associação Nacional dos Procuradores, José Robalinho Cavalcanti.

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