quinta-feira, 14 de setembro de 2017

SERÁ O FIM DO GOVERNO DE MICHEL TEMER?

Fique atento. O governo do presidente Michel Temer tem apenas mais uns poucos dias. Temer será protagonista até o final desta semana, quando o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de saída do cargo, protocolar no Supremo Tribunal Federal a segunda denúncia criminal contra ele. Para ser mais preciso e generoso, a relevância de Temer no cenário político decairá radicalmente depois que a Câmara rejeitar esta segunda denúncia (independentemente das provas, são poucas as chances de os deputados votarem contra Temer e permitirem que ele seja julgado pelo Supremo). Fora do papel de presidente da República sob risco, Temer perderá quase toda a relevância um ano antes da eleição e a 15 meses da posse do sucessor.
O presidente Michel Temer  (Foto:  Beto Barata/PR)
Coisas assim acontecem a todos os presidentes, é da vida. Mas não tão cedo assim. Temer é um personagem ímpar, em uma circunstância excepcional. Num ambiente político decadente, seu governo tem 5% de popularidade, ele carrega acusações de corrupção nas costas, chanceladas até pelo Supremo, e não tem perspectiva de futuro, pois não será candidato a nada. E, na política, gente sem futuro vale pouco. A única grande coisa que se espera do governo Temer é a reforma da Previdência, essencial para o Brasil ser viável. Contudo, é difícil que os interessados na reforma concedam os louros de uma eventual aprovação ao presidente; darão tapinhas nas costas, mas os benefícios irão para quem vai permanecer no jogo. Os dois principais candidatos a essas benesses são o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, dois interessados na eleição presidencial e que, não à toa, falam dia e noite sobre o tema

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