quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

P.T. BUSCA ALIANÇA PARA ELEIÇÕES ESTADUAIS

Ed Alves/CB/D.A Press
O PT embrulhou a ideologia e o discurso programático, colocou em uma caixa e guardou no canto a ser aberto depois das eleições. Até lá, o partido vai adotar a tática da sobrevivência e fechar alianças nas disputas estaduais que servirem para, ao menos, colocar a legenda no segundo turno na maior parte dos estados. Ciente de que não terá condições de ser candidato ao Planalto em outubro — ontem mesmo o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um habeas corpus preventivo —, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está cuidando pessoalmente dos acordos. Ele quer criar um colchão de alianças que evite também o isolamento da legenda no plano nacional.


Até mesmo a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), que tem adotado um discurso duro de confronto com o Judiciário e as legendas alinhadas ao governo Temer, foi domada por Lula. Ela está responsável por ouvir as orientações do ex-presidente e entrar em contato com cada diretório do partido em busca de fechar os acordos necessários. Ela própria está na dependência do MDB paranaense para tentar se eleger deputada. Menos mau para a petista que o aliado é o senador Roberto Requião, tradicional crítico da gestão Temer.

Em outros estados, a parceria com o MDB está de vento em popa. Em Minas, por exemplo, o governador Fernando Pimentel disputará a reeleição tendo como vice o emedebista Toninho Andrade. No Piauí, o governador Wellington Dias, candidato à reeleição, também poderá ter como vice um nome do MDB, Themístocles Filho. Falta a bênção ser concedida pelo presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), que esteve ao lado de Lula, de Dilma, mas, quando a nau petista começou a fazer água, foi a primeira legenda aliada ao Planalto a saltar para o barco de Michel Temer, abrindo espaço para o impeachment

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