terça-feira, 29 de outubro de 2019

O HOMEM ACUSADO DE MANDAR MATAR MARIELLE FRANCO.

O político Domingos Brazão, em imagem de entrevista à TV Globo, quando prestou depoimento sobre o caso Marielle Franco, no Rio de Janeiro.
A Procuradoria-Geral da República afirmou, em denúncia enviada ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), que o ex-deputado e conselheiro afastado do TCE-RJ (Tribunal de Contas do Rio) Domingos Brazão arquitetou a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em março de 2018.
Segundo documento obtido com exclusividade pelo UOL, Brazão “arquitetou o homicídio da vereadora Marielle Franco e, visando manter-se impune, esquematizou a difusão de notícia falsa sobre os responsáveis pelo homicídio”.
A denúncia foi assinada pela então procuradora-geral da República,Raquel Dodge, antes de deixar o cargo, em setembro. Dodge acusa Brazão e outras quatro pessoas de participação em esquema de obstrução da investigação. No mesmo mês, Dodge pediu a federalização das investigações sobre o caso. 
Raquel Dodge, ex-procuradora-geral da república.
UOL também obteve com exclusividade áudio de uma conversa que faz parte da denúncia em que o miliciano Jorge Alberto Moreth afirma ao vereador Marcello Sicilliano (PHS) que Domingos Brazão é o mandante do crime e pagou R$ 500 mil pelo atentado contra Marielle e Anderson.
Para a então procuradora-geral da República, arquivo de áudio é “a prova mais importante”, até o momento, do envolvimento de Brazão como “arquiteto do atentado” e que pode responder à pergunta “quem mandou matar Marielle?”.
Em fevereiro deste ano, Brazão ― que foi posto no centro do caso Marielle Franco pela PGR ― foi alvo de uma operação da Polícia Federal que apurava tentativas de atrapalhar a elucidação do homicídio de Marielle e Gomes.

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