sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

SIRENE DE BRUMADINHO NÃO TOCOU NO ROMPIMENTO DA BARRAGEM.

O presidente da Vale, Fabio Schvartsman, comprometeu-se a acelerar os acordos indenizatórios extrajudiciais 
O presidente da mineradora Vale, Fábio Schvartsman, afirmou que as sirenes que deveriam alertar sobre o rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), não soaram porque foram engolidas pelo lamaçal.
“É uma coisa trágica, pelo que histórico de rompimento demonstra. Aqui aconteceu um fato que não é muito usual: a sirene que iria tocar foi engolfada pela queda da barragem antes que ela pudesse tocar”, destacou o presidente da Vale em coletiva após reunião, realizada nesta quinta-feira (31), com a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e autoridades do MPF (Ministério Público Federal).
Schvartsman comprometeu-se a acelerar os acordos extrajudiciais para as famílias de mortos e desaparecidos. A iniciativa ocorreu seis dias depois do rompimento da barragem. No último balanço divulgado pelo Corpo de Bombeiros e Defesa Civil, foram 110 mortes confirmadas e 238 pessoas que seguiam desaparecidas.
“Nossa intenção foi revelar o propósito de acelerar ao máximo o processo de indenização e atendimento às consequências do desastre. Para tanto, estamos preparados para abdicar de ações judiciais, e estamos preparados porque queremos fazer acordos extrajudiciais”, afirmou Fábio Schvartsman, acrescentando que pretende iniciar os pagamentos.
Segundo o executivo, as negociações são conduzidas pelas autoridades de Minas Gerais para que a Vale “comece imediatamente a fazer frente a esses processos indenizatórios”. De acordo com Schvartsman, não há valores definidos nem prazos estabelecidos. Ele informou que, tão logo sejam assinados os acordos, serão feitos os repasses.
“A primeira atenção é às vítimas, às famílias. Todo o resto é importante, ninguém tira a importância, todo o resto será cuidado”, afirmou Schvartsman, após a reunião, da qual participaram também a procuradora-federal do Direito do Cidadão, Débora Duprat, e Antonio de Cunha, da 6ª Câmara Indígena, e a, secretária de Direitos Humanos do Conselho Nacional do Ministério Público, Ivana Farina

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