segunda-feira, 16 de março de 2015

RENATO DUQUE É NOVAMENTE PRESO PELA POLÍCIA FEDERAL

O ex-diretor de Engenharia da Petrobras Renato Duque, preso nesta segunda-feira (16/3) na décima fase da Operação Lava-Jato, esvaziou suas contas bancárias na Suíça e trasnsferiu parte dos valores para o Pricipado de Mônaco. Segundo despacho do juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Moro, os valores foram remetidos a outros países, mas 20,5 milhões de euros (R$ 70 milhões) ainda conseguiram ser bloqueados.

“Renato de Souza Duque transferiu os saldos milionários de suas contas na Suíça para contas em instituições financeiras em outros países, entre eles o Principado de Mônaco”, afirma o juiz, baseado em relato do Ministério Público. “Os indícios são de que Renato Duque, com receio do bloqueio de valores de suas contas na Suíça, como ocorreu com (o ex-diretor de Abastecimento) Paulo Roberto Costa, transferiu os fundos para contas no Principado de Mônaco, esperando por a salvo seus ativos criminosos.”

Em Mônaco, o dinheiro estava em duas contas. A da offshore Milzart Overseas Holdings Inc tinha possuía 10,2 milhões de eutros. A conta em nome da Pamore Assets Inc, R$ 10,29 milhões de euros. Existe “afirmação expressa” das autoridades de Mônaco de que as duas contas são controladas por Duque, segundo Sérgio Moro.

De acordo com o juiz, o saldo nas contas é “absolutamente incompatível com os rendimentos” que o ex-diretor de Engenharia recebia na Petrobras. Os valores também não foram declarados à Receita Federal. Ainda de acordo com o juiz, Duque “jamais admitiu” perante a 13ª Vara ou perante o Supremo Tribunal Federal que possuía dinheiro no exterior.

Para Moro, o ex-diretor manteve prática de crimes mesmo após deflagrada a Operação Lava-Jato. “Persistiu o referido investigado na prática reiterada de novos crimes, desta feita de lavagem de dinheiro.”

Hong Kong e EUA
Uma parte do dinheiro em Mônaco foi transferida para Hong Kong e Estados Unidos. Essas contas “podem igualmente ser controladas por Renato Duque e ainda são mantidas fora do alcance das autoridades brasileiras”, afirma Sérgio Moro.

Ele decretou a prisão preventiva do ex-diretor para a fim de evitar a transferência de mais dinheiro para outras contas.

Além disso, Moro afirmou que a repatriação dos valores erá “frustrada caso se admita que ele permaneça em liberdade”. Isso porque “se verificou que, já no curso das investigações, praticou novos atos de lavagem de dinheiro buscando  ocultar ainda mais o produto de sua atividade criminosa”

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