terça-feira, 15 de março de 2016

EDUARDO CUNHA ERA MENINO DE RECADO DE BANQUEIRO

O termo de colaboração do senador petista Delcídio do Amaral,homologado nesta terça-feira (15) pelo STF, cita a relação de proximidade entre o banqueiro André Esteves e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. “O presidente da Câmara funcionava como garoto de recados de André Esteves, principalmente quando o assunto se relacionava a interesses do Banco BTG”, diz o senador.
O deputado Eduardo Cunha (acima).Os funcionários dizem que fazim campanha (Foto: Adriano Machado/ÉPOCA)
Entre as pautas favoráveis a Esteves defendidas por Cunha estavam uma emenda à MP 668, que permitia a utilização de ativos de baixa liquidez de instituições financeiras em liquidação de dívidas, e a defesa de mecanismos que viabilizassem o uso do Fundo de Compensação de Valores Salariais (FCVS) por bancos para quitar dívidas com a União. Tal fundo foi criado em 1967  e tem como objetivo de garantir a quitação de financiamentos imobiliários concedidos a mutuários do Sistema Financeiro de Habitação (SFH).
Delcídio contou que ele próprio trabalhou em favor de Esteves. No caso da emenda à 668, que foi vetada pela presidente Dilma, o senador marcou pessoalmente uma reunião entre Esteves e o então ministro Joaquim Levy, para tentar convencê-lo a apresentar a emenda em outra MP.
Sobre o bilhete encontrado com o chefe de gabinete de Delcídio, Diogo Oliveira, que citava pagamentos de R$ 45 milhões de Esteves a Cunha, o senador disse desconhecer a origem do papel, mas que "tende a ser a repretição do modus operandi" de atuação do banqueiro. O petista disse que não intermediava as relações de Esteves com o Congresso porque o banqueiro já dispunha de "relação densa" com Eduardo Cunha

Nenhum comentário:

Postar um comentário