terça-feira, 22 de março de 2016

ENCONTRO HISTÓRICO - OBAMA EM HAVANA


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Barack Obama e Raúl Castro apertaram mãos e sorriram um para o outro diante das câmaras nesta segunda-feira, 21, em Havana, antes da reunião no simbólico Palácio da Revolução que deve ser o ponto alto da visita do líder americano à ilha comunista.

Os dois presidentes, que se encontram pela terceira vez desde que a normalização das relações entre os dois países foi anunciada em 2014, devem conversar sobre o futuro do vínculo dos dois países, marcado por profundas diferenças ideológicas. Antes de entrar no Palácio da Revolução, Obama depositou uma coroa de flores no monumento em homenagem ao herói cubano José Martí, localizado na praça de mesmo nome do palácio de governo. Os dois devem fazer pronunciamento conjunto após a reunião.
Na semana passada, em editorial publicado pelo jornal oficial Granma, Cuba afirmou não estar disposta a "negociar" nenhuma mudança em sua política comunista em razão de pressões dos EUA. Por sua vez, Obama espera aproveitar a histórica viagem para discutir com Raúl temas sensíveis para os dois países, como os direitos humanos e as liberdades individuais na ilha.

"Temos diferenças significativas sobre direitos humanos e liberdades individuais. Mas acreditamos que agora podemos potencializar nossa capacidade de promover mais mudanças", afirmou Obama à emissora ABC em Havana. "Mudanças acontecerão aqui e acredito que Raúl Castro entende isso", completou o líder americano, reconhecendo que essas diferenças "não serão vistas da noite para o dia".

A opinião do líder americano sobre o impacto da retomada das relações entre os dois países e da visita do presidente americano ainda divide especialistas. "Não acredito que a visita de Obama tenha impacto imediato na política cubana, muito menos em decisões pontuais do regime no curto prazo", disse Michael Shifter, presidente do centro de análises Diálogo Interamericano

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