domingo, 27 de março de 2016

O BRASIL PRECISA DE LEIS E NÃO DE ÍDOLOS


Eugenio Novaes/Divulgação

>> entrevista CLAUDIO LAMACHIA
Na próxima segunda-feira, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) vai protocolar na Câmara novo pedido de impeachment. Diferentemente do que está em tramitação hoje, a entidade, responsável pela ação inicial que afastou o ex-presidente Fernando Collor, incluiu na peça denúncias de crime de responsabilidade e elementos da delação do ex-líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral.

É nesse contexto que as atenções estarão voltadas ao recém-empossado presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia. Aos 55 anos, o advogado gaúcho foi vice-presidente da Ordem. Na época, comprou brigas com as companhias telefônicas e com governo estadual.

A briga que ele quer comprar agora, no entanto, é maior. No fim do ano passado, uma comissão da OAB sinalizou que o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff baseado apenas nas operações contábeis conhecidas como “pedaladas fiscais” não era suficiente para um apoio da entidade. Agora, três meses depois, a história é outra. Após incluir outros dados em um pedido, a Ordem mudou a posição.

Na última quinta-feira, em entrevista exclusiva ao Correio, Lamachia explicou essa mudança na posição e disse que o atual pedido em trâmite do impeachment tem menos amplitude que o da Ordem. Ele defendeu rapidez no processo, avaliando que a divisão que o país enfrenta é negativa para toda a população. Ainda assim, disse que não está pronto para sofrer ataques daqueles que eventualmente discordem da posição da OAB. “Nós vivemos uma democracia e as pessoas e as ideias devem ser respeitadas.

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