Cerca de 10 manifestantes protestam a favor do impeachment de Dilma Rousseff na manhã desta quarta-feira (23/3) na porta da residência do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), na Península dos Ministros, no Lago Sul. Com cornetas de plástico e megafones, o grupo está reunido com cartazes e bandeiras do Brasil. Uma das pessoas está fantasiada de presidente, inclusive com uma faixa presidencial, e segura um cartaz de "Fora eu".
Eles reclamam um posicionamento do senador favorável ao impedimento do mandato de Dilma. "Queremos o impeachment. O senhor é um cabra macho e confiamos no senhor", falava um deles pelo aparelho sonoro. A segurança de Renan não confirmou se ele está na casa.
Para distrair e chamar atenção, os manifestantes fazem graça e há estouraram dois fogos de artifício. "Tá tranquilo, tá impeachado", canta e dança a falsa Dilma.
De acordo com a empresária Luciana Almeida, de 50 anos, a proposta do ato é ser pontual e com o número de manifestantes que puder comparecer, mesmo que em número reduzido. Apesar de pequeno, o grupo faz bastante barulho e queria acordar o presidente do Senado. "Mas ficamos sabendo que ele acorda tarde", supõe Luciana, moradora de uma área rural no Entorno de Brasília.
A manifestação foi organizada por meio de um grupo de WhatsApp. "O problema é que nós trabalhamos e temos o que fazer. Não ganhamos nada para estar aqui", justifica Luciana. A garantia dos manifestantes é permanecer em frente à residência do Senado, na Península dos Ministros, no Lago Sul, até a hora que Renan saísse.
Às 10h, o grupo começou a se dispensar antes da saída de Renan da residência oficial. O consultor comercial da área de alimentos André Lui, de 39 anos, morador do Guará, foi embora levando um pequeno equipamento de som e uma caixa de fogos de artifício. "O patrão começa a chamar e a gente tem que ir trabalhar." Minutos depois, todos já haviam ido embora. Um novo ato está sendo organizado para às 18h, em frente ao Supremo Tribunal Federal.v
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