segunda-feira, 27 de junho de 2016

DELAÇÃO GRAÚDA CONTRA O PARTIDO DOS TRABALHADORES

Ainda sob a penumbra da manhã de inverno, oito homens do Grupo de Pronta Intervenção da Polícia Federal, equipe com uniformes camuflados especializada em controle de distúrbios, cercaram a sede do Partido dos Trabalhadores, em São Paulo. Os agentes remexeram gavetas, apreenderam computadores e saíram com caixas de documentos. A ação só foi possível porque, meses antes, um petista envolvido na Lava Jato resolveu falar. Em delação premiada homologada em março pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, o ex-vereador de Americana, em São Paulo, Alexandre Romano, o Chambinho, contou o que sabe e se tornou o primeiro integrante do PT, partido notório pela lealdade de seus membros, a colaborar com as investigações. A busca e apreensão na sede do PT na quinta-feira (23) era parte da Operação Custo Brasil, um desdobramento da Lava Jato que corre em São Paulo.
 
O ex-ministro Paulo Bernardo, preso em Brasília, é transferido para São Paulo (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
Alexandre Romano (Foto: Jorge William /Agência O Globo)
Em quatro Estados e no Distrito Federal, 11 mandados de prisão preventiva foram expedidos. Oito suspeitos foram presos – o mais rumoroso deles, em Brasília. Os agentes da Polícia Federal entraram em um prédio destinado a senadores da República. Na volta da academia, o senador Aloysio Nunes, do PSDB, estranhou policiais na entrada. Eles tinham acabado de prender o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, no apartamento funcional de sua mulher, a senadora petista Gleisi Hoffmann. Magro e abatido, Bernardo foi transferido para São Paulo ainda naquela noite

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