O ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, anunciou sua saída e a indicação ao presidente Jair Bolsonaro do embaixador Mario Vilalva para substituí-lo. Vilalva possui "ampla experiência em promoção de exportações", justificou Araújo nas redes sociais.
O chanceler afirmou que a saída foi a pedido de Carreiro. Nos bastidores da Apex, no entanto, há alguns dias já se comentava a instabilidade do presidente.
De acordo com relatos internos, Carreiro vinha demitindo sumariamente antigos funcionários para nomear aliados, sem fazer qualquer transição.
Como, entre os desligados havia servidores técnicos, instalou-se um clima de caça às bruxas que Araújo quer evitar. Entre as pessoas demitidas está Ana Seleme, mulher de Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor do ex-presidente Michel Temer.
Pelo menos dois diplomatas foram demitidos de gerências da Apex, afastando-a do Itamaraty.
Carreiro preparava mais uma leva de demissões ainda nesta semana, segundo pessoas da agência.
Araújo foi informado da situação, motivo de desconforto interno, e pediu moderação. Carreiro, no entanto, manteve o método. O chanceler se irritou e pediu que renunciasse.
Araújo justificou a decisão pela necessidade de manter a Apex com quadro técnico e uma direção de perfil moderado.
Além da questão política, o agora ex-presidente da Apex não é fluente em inglês, requisito da função previsto no estatuto da agência.
Nascido em Poranga (CE), Carreiro é formado em publicidade e pós-graduado em gestão pública. Ele teve passagens pela Secretaria Nacional de Portos, pela Comissão Nacional de Autoridades nos Portos e pelo Sebrae.
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