segunda-feira, 1 de julho de 2019

ATOS A FAVOR DA LAVA JATO CRITICAM STF E CONGRESSO NACIONAL.

BRASÍLIA, DF, 30.06.2019 - LAVA JATO-PROTESTOS - Manifestação em defesa do ministro Sérgio Moro e da Operação Lava Jato durante ato na esplanada dos ministérios, em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, neste domingo (30). Milhares de pessoas com camisas verde amarela levaram faixas e cartazes em defesa de Moro e do governo Bolsonaro. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)
 - Atos organizados por grupos de direita pelo país, neste domingo (30), em defesa da Lava Jato, minimizaram o vazamento de conversas envolvendo o ministro da Justiça, Sergio Moro, e atacaram a atuação de ministros do Supremo Tribunal Federal e de políticos.
Em Brasília, manifestantes se reuniram em frente ao Congresso Nacional e concentraram as críticas nos ministros do STF. Uma das pautas mais defendidas foi a CPI da Lava Toga, para investigar os magistrados.
Em frente ao Congresso foram inflados quatro bonecos gigantes. Dois do ex-presidente Lula (ambos com roupa de presidiário), um de Moro vestido de super-homem e um que une três políticos: Lula, o ministro Gilmar Mendes (STF) e o ex-ministro do PT José Dirceu. Esse boneco associa o STF ao PT.
Apesar de ter sido indicado ao Supremo pelo PSDB e de ser historicamente descrito como um adversário do PT, Gilmar é um dos principais alvos dos grupos bolsonaristas. Recentemente o ministro votou a favor de um habeas corpus para Lula, pedido que acabou negado por uma das turmas do STF.
O ato deste domingo, que se repete em outras cidades do Brasil, foi convocado após a divulgação de conversas atribuídas a Moro e integrantes da Lava Jato levantando a suspeita de que o ex-juiz tenha sido parcial no julgamento de Lula, condenado em segunda instância no caso do tríplex do Guarujá (SP).
A revelação dos diálogos, iniciada pelo site The Intercept Brasil em 9 de junho, deixou o titular da Justiça sob ataque.
Em Copacabana, no Rio, as críticas ao Supremo dividiram espaço com um “vaiaço” também aos chefes do Legislativo, homenagens ao menino Rhuan e até um lamento coletivo pelo “politicamente correto” que impede chamar morador de rua de mendigo.
Os atos que tomaram um trecho da avenida Atlântica eram, a princípio, um desagravo a Moro. “O senhor nos livrou das trevas”, dizia um dos cartazes de apoio ao ministro, ao lado de bandeiras do Brasil gigantes erguidas por dois guindastes.
O aposentado Carlos Sato, 68, resumia o sentimento de muitos amigos sobre os diálogos vazados que colocaram Moro na berlinda: “Se ele falou mesmo tudo aquilo, fez bem. Se for pra tirar a petralhada bandida, não vai ser na meiguice. Com quem joga sujo você não pode dar mole".
Mas o ranço com Congresso e Supremo era tão presente quanto os apoios ao ex-juiz. Um minicaminhão com faixa do movimento Nas Ruas trazia na lateral uma cartolina que lembrava a frase do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) sobre bastar um cabo e um soldado para fechar a mais alta corte do Judiciário brasileiro. Para ilustrar, um desenho do personagem Recruta Zero.
O mesmo veículo anunciava a venda de copos do Moro e do presidente Jair Bolsonaro (PSL) por R$ 10. Pediam essa ajuda financeira dos protestantes, alegando que faziam um ato “do povo para o povo”, sem ajuda de CUT e MST, como seria o caso de manifestações esquerdistas.

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