O presidente do PDT na Bahia, Alexandre Brust, está exultante com a reeleição do ex-ministro Carlos Lupi à presidência nacional do partido. "Não foi uma eleição, foi uma consagração", declarou, em tom entusiasmado. Sem adversários, Lupi foi referendado pelos pedetistas nesta sexta-feira (22) para permanecer como presidente da legenda, cargo que ocupa desde que Leonel Brizola morreu, em 2004. Brizolista de carteirinha, Brust integra a ala do PDT que apóia Lupi, que se contrapõe ao grupo aliado a Brizola Neto, há uma semana substituído por Manoel Dias no comando do Ministério do Trabalho. “O Brizola, avô dele, confiava em Lupi, por que eu não vou confiar?”, indaga Brust, ao explicar a aparente contradição: “Brizola Neto não tem o DNA do avô, tem o DNA do pai (José Vicente), com quem Brizola tinha problemas sérios, porque ele traiu o pai, ele foi para o PT”. Ele se refere ao ex-deputado federal, José Vicente Goulart Brizola, morto em 2012. Brust rebateu as críticas feitas pelo senador Cristovam Buarque, em entrevista ao Bahia Notícias, sobre a falta de diálogo do comandante da sigla com os correligionários. “Mais do que Lupi dialoga? Lupi visitou a Bahia umas cinco ou seis vezes nos últimos anos”, enumerou. Sobre a troca feita pela presidente Dilma Rousseff, de Brizola Neto por Manoel Dias, desaprovada pelo senador pedetista, Brust disse que “o trabalhismo vai voltar ao Ministério do Trabalho” e “Manoel Dias é um companheiro histórico”. Brizola Neto pretendia disputar a presidência nacional do PDT, mas não conseguiu o apoio mínimo para montar uma chapa, de 30% dos participantes da convenção, realizada nesta sexta na cidade de Luziânia (GO). Para Cristovam Buarque, “a presidenta interferiu no PDT ao nomear um ministro que era candidato”, disse, ao se referir a Manoel Dias, reeleito para secretário-geral do partido nesta sexta, mas obrigado a se afastar para exercer o cargo de ministro.
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