sexta-feira, 6 de março de 2015

MUITA CONFUSÃO NA CPI DA PETROBRÁS

A CPI da Petrobras pretende ouvir o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco já na próxima semana. Se possível, os parlamentares ouvirão Barusco na próxima terça (10/3). A informação consta do Plano de Trabalho da CPI apresentado pelo relator, Luiz Sérgio (PT-RJ), e aprovado nesta quinta (5/3). Na sequência, serão ouvidos os ex-presidentes da Petrobras Graça Foster e Sérgio Gabrielli, além do doleiro Alberto Yousseff e o ex-diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa. Ao todo, a CPI da Petrobras pretende ouvir 21 pessoas, entre ex-dirigentes, autoridades da área e até funcionários atuais da estatal.
Por estar em prisão domiciliar, Barusco precisará de autorização da Justiça para comparecer à CPI. Em depoimento à Justiça Federal no Paraná, Barusco admitiu ter recebido propina para intermediar licitações fraudulentas na Petrobras desde 1997. O ex-gerente disse ainda ter repassado entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões ao PT, entre 2003 e 2013, nas gestões do ex-presidente Lula e no primeiro mandato de Dilma Rousseff. O dinheiro seria proveniente de propinas cobradas para viabilizar o fechamento de pelo menos 90 contratos da estatal, no período.
Inicialmente, o relator da CPI, Luiz Sérgio, defendeu que Graça Foster e Gabrielli fossem ouvidos antes de Barusco. O depoimento do ex-gerente, no entanto, também interessa aos petistas. Depois do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), informar que não aceitaria “estender” o período investigado à gestão do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, os petistas avaliam que o depoimento de Barusco pode ajudar a trazer a suposta corrupção na Petrobras durante a era tucana para a investigação.

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