sábado, 16 de julho de 2016

DERROTA DE ROSSO NÃO É O FIM DO CENTRÃO

Marcelo Ferreira/CB/D.A Press


Na primeira entrevista coletiva após ser derrotado no segundo turno da disputa pela presidência da Câmara dos Deputados, o líder do PSD, Rogério Rosso (DF), defendeu nesta sexta-feira (15/7) a união da base do governo, mas disse que isso não significa o fim do centrão, seu principal grupo de apoio -- formado por 13 partidos pequenos e médios, como PP, PR, PTN, PSD, PTB e outros.

"Não é o fim do centrão. É o início de uma consolidação da base de Temer", disse Rosso. No pleito desta semana, a divisão entre o centrão, ligado ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o outro círculo de apoio ao presidente em exercício Michel Temer, composto por PSDB, DEM, PPS e PSB, ficou evidenciada com a eleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ), apoiado pelo governo.

Maia obteve 285 votos, inclusive com o apoio de partidos divergentes ideologicamente, como PT e PCdoB, contra 170 de Rosso. "O desafio é consolidar a base. Estamos aprendendo a ser base", afirmou o deputado na entrevista.

Rosso ficou marcado por ter sido o candidato escolhido pelo próprio Cunha em um acordo pelo para sucedê-lo, o que o líder nega. "Ele (Cunha) está afastado sem quase nenhum poder de influência. Comigo, nenhum", afirmou Rosso.

O processo por quebra de decoro de Cunha, que pode levar à cassação do mandato do peemdebista, será analisada no Plenário da Câmara na volta do recesso branco -- que começa hoje --, em agosto. Cunha já perdeu no Conselho de Ética e na Comissão de Constituição e Justiça e renunciou à presidência da Casa para tentar se salvar

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