quarta-feira, 13 de julho de 2016

DONO DE PRESIDIO NO PARAGUAI PREOCUPA SEGURANÇA DO R.J.

Jarvis Chimenez Pavão, narcotraficante brasileiro, preso na penitenciária de Tacumbu (Foto: Rogério Cassimiro/ÉPOCA)
Na noite de 15 de junho, o empresário Jorge Rafaat Toumani, de 56 anos, dirigia seu jipe Hummer blindado em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia na fronteira com o Brasil, quando foi atacado por dezenas de bandidos com uma metralhadora antiaérea, calibre ponto 50. Condenado a 47 anos de prisão pela Justiça brasileira, apontado como chefe do narcotráfico na fronteira paraguaia, Rafaat morreu ao volante. No dia seguinte, o secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, disse que o assassinato era “um alerta muito grave” para as autoridades brasileiras. Informações obtidas por ÉPOCA mostram que o secretário tem motivos para o diagnóstico. Entre as preocupações, está um traficante brasileiro que manda e desmanda na penitenciária onde está preso no Paraguai.
Números recentes da Secretaria de Segurança mostram que cresceram quase três vezes as apreensões de fuzis na cidade do Rio de Janeiro: foram 22 armas em maio de 2016 em comparação a oito em maio de 2015. Foram apreendidas 149 pistolas, 17% a mais. Beltrame avalia que o tráfico de fuzis e de drogas para o Rio aumentará ainda mais em dois meses. Sem Rafaat no caminho, uma facção criminosa paulista que já atua na região ampliará seus domínios. Nas palavras de Beltrame, a facção ficou com “o monopólio do tráfico de armas”. Assim, criminosos brasileiros terão acesso mais fácil aos fuzis. Rafaat dificultava o fornecimento para quadrilhas brasileiras, não queria fortalecê-las.
Na terça-feira (12), a Polícia Civil do Paraná apreendeu 62 mil munições para pistola calibre 9 milímetros, de uso restrito das Forças Armadas, e para fuzil 556 e 762 em Foz do Iguaçu, cidade paranaense na fronteira com o Paraguai. “O provável destino desse arsenal seria a cidade do Rio de Janeiro”, afirmou a polícia. Foi a maior apreensão dos últimos anos

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