segunda-feira, 18 de julho de 2016

INCOMPLETO "MINHA CASA MINHA VIDA" GERA PREJUÍZO PARA A NAÇÃO


Com a suspensão das faixas que atendem aos mais pobres, o Minha Casa Minha Vida (MCMV) vai deixar de gerar 70 bilhões de reais no Produto Interno Bruto (PIB) em três anos, até 2018. Desde que a terceira etapa do programa começou, em janeiro de 2016, a população que mais precisa ficou de fora. As contratações da faixa 1, que beneficia as famílias que ganham até 1,8 mil reais, estão suspensas desde 2015 e não foram retomadas. A faixa 1,5 – que contemplaria famílias que ganham até 2.350 reais por mês – sequer chegou a sair do papel.
A suspensão de novas contratações e a paralisia das obras do programa atingem 6,1 milhões de famílias em todo o país, número estimado para os que precisam de moradia digna. O MCMV foi criado, em 2009, justamente para combater o déficit habitacional, mas a interrupção do programa deve reverter a tendência favorável dos últimos anos.
Além do aspecto social de atendimento da demanda habitacional da população de baixa renda, a paralisia do programa tem efeito econômico. No caso do emprego, se o programa seguir sem as duas faixas vão deixar de ser geradas 1,3 milhão de vagas, das quais 660 mil diretamente nas obras e outras 682 mil ao longo da cadeia, segundo o estudo “Perenidade dos programas habitacionais”, da Fundação Getúlio Vargas (FGV)

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