quarta-feira, 27 de julho de 2016

EX SENADOR RECEBIA PROPINA COM DINHEIRO EM CAIXAS


Carlos Moura/CB/D.A Press - 9/5/2016


O economista Antônio Alberto Leite Godinho afirmou à Polícia Federal que, entre 2006 e 2007, em nome do então senador Delcídio Amaral (sem partido, ex-PT-MS), recebeu R$ 1,5 milhão do operador de propinas e delator da Lava-Jato Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano. Godinho afirmou que foram enviados a ele "em várias ocasiões, pacotes de dinheiro deixados na portaria do prédio". Os valores pagaram, segundo o economista, credores da campanha de Delcídio ao governo do Mato Grosso do Sul, em 2006.

Um interlocutor identificado como "Godinho" havia sido citado pelo ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró em março deste ano. Cerveró afirmou, em delação premiada, que em 2006 Delcídio pediu contribuição financeira para "auxiliá-lo na campanha eleitoral". Ele declarou que Baiano repassou US$ 1,5 milhão "a uma pessoa ligada a Delcídio do Amaral de nome Godinho, indicada pelo senador".

Em sua delação, Delcídio relatou que disse a Cerveró que Godinho, "amigo de longa data" iria procurá-lo para receber US$ 1 milhão, a ser entregue por Fernando Baiano. O ex-senador afirmou que o valor recebido não foi contabilizado oficialmente por ele e as dívidas de campanha foram pagas. Delcídio declarou ainda se arrepender "da campanha eleitoral que disputou em 2006 e que soube, posteriormente, que a origem desses recursos teria advindo de propinas pagas a partir da compra da Refinaria de Pasadena, no valor global de US$ 15 milhões

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