segunda-feira, 23 de outubro de 2017

MINISTROS LUTAM PARA SALVAR A PRÓPRIA PELE

AFP / EVARISTO SA


Atrelar os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência da República) na denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer trouxe mais soluções que problemas para os governistas. Como os ministros estão no mesmo barco do presidente — acusados de obstrução de Justiça e de participação em organização criminosa —, ele se empenharam em ajudar nas negociações em busca de apoio na Câmara dos Deputados. Para enterrar a denúncia, que será votada em plenário na quarta-feira, é necessário ter o apoio de 171 parlamentares.

Pelas contas da oposição, cerca de 260 pessoas, no máximo, devem endossar o relatório do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que rejeita a continuidade das investigações. É o suficiente para impedir a continuidade do processo, mas demonstra enfraquecimento do Planalto. Da primeira vez que Temer foi denunciado, em julho, o presidente fechou a conta com 263 parlamentares. “Hoje ele não vai ter essa deferência, até porque muito do que foi prometido da primeira vez, quando se falava de corrupção passiva, não foi cumprido. O que vai ajudar o Executivo a sair dessa é o apoio dos ministros”, comentou um deputado opositor

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