domingo, 29 de outubro de 2017

PROTESTOS CONTRA MINISTRO GILMAR MENDES EM SÃO PAULO

Nelson JR./SCO/STF
 
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes foi alvo de um protesto e se recusou a responder perguntas sobre o bate-boca com o ministro Luiz Roberto Barroso durante evento na manhã deste sábado (28/10), em São Paulo.

Na quinta-feira (16/10), Gilmar e Barroso protagonizaram uma refrega no plenário do Supremo. Questionado por jornalistas se pretende se desculpar com o colega, Gilmar se esquivou. "Não tive a oportunidade. Vamos nos ocupar de temas produtivos. Acabei de falar agora sobre mudança de regime (de governo). Não vou emitir juízo sobre isso", disse o ministro.

Embora tenha evitado falar sobre a discussão, Gilmar acabou tendo que dar explicações sobre uma das acusações feitas por Barroso, de que ele "vai mudando a jurisprudência de acordo com o réu". Embora Barroso não tenha feito menção explícita a um caso específico, Gilmar decidiu se explicar sobre as mudanças de posição em relação à prisão de réus condenados em segunda instância.

"Lá atrás eu havia votado pela exigência do trânsito em julgado. Depois, por casos julgados no Supremo como o do ex-senador Luiz Estevam, que recorreu de uma ação por mais de 10 anos disse que tínhamos que mudar aquilo e estabelecer outro critério como o da segunda instância. Foi uma proposta minha e do ministro Teori (Zavaski). Acontece que o que está ocorrendo hoje no Brasil é que muitos casos são de prisão preventiva, portanto o réu já cumpre a pena preso. Isso está gerando um abuso, uma política de encarceramento abusiva. Não tem nada a ver com o réu", explicou

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