domingo, 16 de junho de 2013

MARINA AMEAÇA ENTRAR NA JUSTIÇA CONTRA LEI DOS NOVOS PARTIDOS


Marina ameaça com ação projeto que inibe novo partido
"'Senado terá uma grande responsabilidade na apreciação da retomada do projeto'"
A Rede Sustentabilidade pretende entrar com Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) se o projeto de lei que dificulta a criação de partidos políticos no País não for corrigido no Senado. A informação é da ex-ministra Marina Silva. "Além de o projeto ser inconstitucional, havia um atropelamento do processo, porque ele não passou na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara e não passou na Comissão de Constituição e Justiça do Senado", destacou, em entrevista a jornalistas, após participar do evento que marcou a conquista de 500 mil assinaturas para criação do partido que pretende fundar, a Rede Sustentabilidade.
De acordo com Marina, já há uma manifestação de vários ministros em relação à inconstitucionalidade no mérito. "Ainda que haja tendência de que o projeto volte para a tramitação no Senado, há uma manifestação da maioria dos ministros de que tem uma segunda etapa que é julgar o mérito. No mérito, ele é inconstitucional", disse.
O Senado vai ter, conforme Marina, uma responsabilidade "muito grande" na apreciação da retomada do projeto que inibe a criação de partidos. No seu entendimento, o Senado vai corrigir a questão da inconstitucionalidade do projeto ainda que tenha uma orientação governista para aprová-lo de qualquer forma.
"Os senhores senadores têm certa autonomia quando se refere a fazer algo que não está de acordo com o princípio da constitucionalidade, legalidade e da impessoalidade", avaliou a ex-senadora.
Ela elogiou o relatório do ministro Gilmar Mendes e disse que o documento é uma prevenção à possibilidade de ser aprovada uma lei inconstitucional. "Foi muito importante a consistência do seu relatório. Eles (Congresso) podem ter uma ação protelatória na aprovação da lei", acrescentou Marina.
Sobre a possibilidade de algum tipo de articulação da oposição para aprovação do projeto que inibe a criação de partidos, Marina lembrou que o Supremo ainda está em processo de aprovação da matéria. "Vamos aguardar o resultado dessa votação", concluiu

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