sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

COMO AGIAM OS CORRUPTOS DO CLUBE DO BILHÃO

Executivos presos na sétima fase da Operação Lava Jato são liberados pela Polícia Federal, na noite desta terça-feira (18/11), na sede da Polícia Federal em Curitiba
Executivos presos na sétima fase da Operação Lava Jato são liberados pela Polícia Federal, na noite desta terça-feira (18/11), na sede da Polícia Federal em Curitiba - Junior Pinheiro/Folhapress
Na denúncia apresentada nesta quinta-feira contra parte dos envolvidos na “aula de crime”, como descreveu o procurador-geral da República, desvendada pela Operação Lava Jato da Polícia Federal, o Ministério Público detalha a engrenagem do “clube do bilhão” – o cartel formado por grandes empreiteiras do país para partilhar contratos públicos. E o que se nota é que o assalto aos cofres da Petrobras era tramado como um acordo entre compadres. Executivos da Camargo Corrêa, Galvão Engenharia, Engevix, OAS, UTC e Mendes Júnior reuniam-se para combinar lances em licitações e, para garantir contratos fraudulentos, distribuíam propina a funcionários públicos, como o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.  
Transações complexas garantiram impunidade aos corruptores por mais de uma década, até que fossem descobertos os clientes do doleiro Alberto Youssef, preso em março deste ano e apontado como pivô do esquema descoberto pela Lava Jato. Três dias depois foi detido Paulo Roberto Costa. Após firmarem acordos de delação premiada, a dupla deixou aos investigadores um rastro de documentos com registros de negociatas, comprovadas por meio da quebra dos sigilos fiscais e bancários dos dois. Assim que foram descobertos pagamentos suspeitos de fornecedores da Petrobras, começava a ruína do “clube do bilhão”

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