sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

PETROLÃO É O NOVO BEBÊ DE ROSEMARY


Rosemary - espanto com o bebê
Pode parecer que faz tempo, leitor amigo, mas, neste sábado, amanhã, faz apenas nove meses que o julgamento do mensalão acabou no Supremo. E já temos o “Bebê de Rosemary” aí. O demónio da corrupção nos persegue.  As denúncias aquele escândalo começaram a vir a público em 2005.  Até março deste ano, quem sabe um tanto otimistas ou ingênuos, escrevíamos todos: “O mensalão é o maior escândalo político da história brasileira”. E era verdade — ao menos do que se conhecia até ali. Ocorre que o “maior escândalo político da história brasileira” se desenvolvia na Petrobras. Enquanto os mensaleiros larápios eram denunciados, processados, julgados e condenados, uma quadrilha assaltava a estatal para distribuir prebendas a políticos e a partidos e satisfazer apetites de enriquecimento.
Nesta quinta, o Ministério Público divulgou a lista dos primeiros 36 denunciados, 22 deles funcionários de seis empreiteiras: OAS, Camargo Corrêa, UTC Engenharia, Engevix, Mendes Júnior e Galvão Engenharia. Vem muito mais por aí. Esse primeiro lote é aquele que gravitava em torno de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento e, confessadamente, homem do PP no esquema — embora ele tenha dito à Polícia e ao MP que a maior parte da propina que passava pelo seu controle era mesmo remetida ao PT. Ainda faltam os denunciados dos demais núcleos. O petista Renato Duque, por exemplo, ex-diretor de Serviços, e Pedro Barusco, seu braço direito — aquele que aceitou devolver R$ 253 milhões do dinheiro roubado —, devem estar na leva seguinte

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