sexta-feira, 6 de março de 2015

SUPREMO DIVULGA NESTA SEXTA A LISTA DE POLÍTICOS NA OPERAÇÃO LAVA JATO

A tensão na capital da República atingiu níveis altíssimos com a expectativa quanto aos nomes, ou à confirmação dos já citados, que constam na lista da Operação Lava-Jato (veja quadro ao lado) entregue pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal. Além das autoridades da Esplanada, fontes ligadas à Operação Lava-Jato indicaram ao Correio ontem que os governadores do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e do Acre, Tião Viana (PT), integrarão a lista de pedidos de inquérito que o Ministério Público apresentará ao STJ. Os procedimentos serão analisados pelo ministro-relator do caso, Luiz Felipe Salomão.

Bruno Peres/CB/D.A Press
A tendência é que o ministro Teori Zavascki conclua a análise dos material do Ministério Público hoje e, assim, divulgue todos os políticos implicados, o que aliviará a tensão de uns e consternará outros tantos. São 54 investigados e ainda há o caso de governadores a ser enviado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Entre os listados, estão oito senadores, ou 10% da Casa, como Gleisi Hoffman (PT-PR) e Fernando Collor (PTB-AL).
Os sinais de elevação da pressão política estão por todos os lados. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decide atacar o procurador-geral da República (leia abaixo), integrantes da CPI da Petrobras batem boca na primeira sessão, deputados despistam ao serem indagados sobre a lista, senadores emitem notas, desligam celulares e desaparecem do plenário. As incertezas sobre quem será investigado pelo STF tiram o sono e o apetite dos eleitos para o mandato parlamentar.
No Planalto, o medo de que a economia fique ainda mais paralisada com as investigações sobre as empreiteiras não esconde uma sensação de alívio ao ver que o Congresso terá agora o ônus da Lava-Jato sobre si. “Sofremos um ano com essa história; deixa eles penarem também”, disse um vingativo ministro palaciano. Melhor não pensar assim, como disse o ex-senador José Sarney durante uma reunião do PMDB há duas semanas. “Quem não sente a presença de uma crise institucional chegando rapidamente pode estar certo que está olhando para o lado errado”, segundo relato de um correligionário.

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