O número de moradores de rua na cidade de São Paulo quase dobrou nos últimos 15 anos. Passou de 8,7 mil pessoas para quase 16 mil, entre os sem-teto e os que vivem em abrigos e albergues. A média anual de crescimento é de 4,1%, muito acima do aumento de 0,7% da população paulistana. Os dados são de uma pesquisa inédita da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Não há apenas uma, mas várias razões esse crescimento, segundo a economista Sílvia Schor, professora da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (Fea) e pesquisadora da Fipe. O aumento do fluxo de imigração é a principal delas. “São Paulo é um polo de atração”, afirma. “Muitas vezes, a pessoa chega na rodoviária, perde os documentos ou é roubada e acaba na rua”. O aumento do consumo de drogas e, em menor grau, do desemprego nos últimos anos também contribui.
A tendência de crescimento não é uma realidade exclusivamente paulistana. A população de rua aumenta em outros lugares do mundo, como Reino Unido, França e Canadá. “A condição de rua é, certamente, a maior expressão da pobreza urbana”
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