segunda-feira, 7 de março de 2016

P.T. AMEAÇA GUERRA CIVIL SE LULA FOR PRESO.

Gilberto Carvalho, que foi chefe de gabinete de Lula por oito anos e, por quatro, secretário-geral da Presidência, está hoje no comando do Conselho Nacional do Sesi. A sinecura lhe garante vida boa e tempo para falar bobagem pelos cotovelos. Inclusive para ameaçar as instituições. Ele não é um qualquer. Depois de Lula, é o segundo homem mais influente do PT. Também era braço-direito de Celso Daniel, prefeito petista de Santo André que foi assassinado em 2002 em circunstâncias nebulosas. Sim, Carvalho acabou sendo personagem de narrativas um tanto estranhas sobre aquele caso. Ficam para outro post.
Carvalho concede uma patética entrevista a Natuza Nery na Folha desta segunda — patética pelas respostas, bem entendido. O trabalho de Natuza está bem-feito. Afinal, o gigante se revelou em toda a sua nanica grandeza.
A quase totalidade de seu chororô beira o ridículo. Ele insiste, por exemplo, que o tal sítio de Atibaia foi um presente de amigos para Lula, que nunca nem quis saber de onde saía o dinheiro para toda aquela fartura. Não dá para levar a sério.
Depois desenvolve a tese, já tornada pública por Rui Falcão, que setores da Polícia Federal e do Ministério Público Federal são tomados de antipetismo congênito. Segundo Carvalho, os pais dos jovens delegados e procuradores batem panela. Bem, ainda que assim fosse, o que ele tem com isso? Seria o caso de fazer um teste ideológico nos dois entes e só aceitar indivíduos de esquerda?
O homem que pertence ao partido que apela a milicianos para bater em adversários nas ruas diz estar em curso no país uma espécie de fascismo. Por “fascistas”, claro!, entendam-se todos aqueles que repudiam os malfeitos do PT. É um lixo moral.
Mas isso tudo é bobajada sem importância. A coisa fica séria quando Carvalho ameaça o país com o caos caso Lula seja preso — e, obviamente, Lula só será preso se houver lei que dê amparo a tal decisão. Logo, Carvalho está dizendo que as leis se submetem ao PT, mas o PT não se submete às leis.

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