Licenciado da Eletrobras desde o ano passado, o engenheiro Valter Cardeal foi alvo de mandados de busca e condução coercitiva nesta quarta-feira (6) na Operação Pripyat, um desdobramento da Lava Jato que investiga desvios na Eletronuclear. Cardeal foi localizado em Porto Alegre.
Ele foi citado como um dos articuladores do esquema de corrupção em obras da usina nuclear Angra 3 pelos empresários Otávio Azevedo, da Andrade Gutierrez, e Ricardo Pessôa, da UTC, que fizeram acordo de delação premiada.
Nesta quarta-feira, 130 policiais federais saíram às ruas para cumprir seis mandados de prisão preventiva, três mandados de prisão temporária, nove mandados de condução coercitiva e 26 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
Além de Cardeal, também são alvos funcionários da Eletronuclear e operadores financeiros de repasses de propina. Othon Pinheiro da Silva, ex-presidente da Eletronuclear, cumpria prisão domiciliar e já era réu em uma ação penal que julga desvios da Eletronuclear, mas voltou a ser preso preventivamente. De acordo com investigadores, Othon desrespeitou as condições estabelecidas para responder ao processo em prisão domiciliar. O ex-presidente da estatal voltou a fazer contatos com funcionários da Eletronuclear e tentou atrapalhar as investigações, de acordo com policiais federais.
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