quarta-feira, 12 de junho de 2013

PROTESTO VIRA GUERRA EM SÃO PAULO.



Protesto contra aumento no preço do transporte coletivo complica o trânsito na Avenida Paulista e demais vias expressas de São Paulo Foto: Marcos Alves / O Globo
Protesto contra aumento no preço do transporte coletivo complica o trânsito na Avenida Paulista e demais vias expressas de São Paulo Marcos Alves / O Globo
SÃO PAULO - Pela terceira vez em uma semana, o protesto organizado pelo Movimento Passagem Livre (MPL) provocou confronto entre manifestantes e policiais, e a região central de São Paulo virou “praça de guerra”, no ato mais violento até agora registrado.
Até o fim da noite, a polícia contabilizava pelo menos 20 pessoas presas. Três policiais foram feridos, ainda não há informações sobre número de feridos entre civis. Agências bancárias e lojas foram depredadas, pelo menos dois ônibus foram incendiados.
A manifestação começou no fim da tarde e seguia pacífica até o momento em que um grupo tentou invadir o terminal de ônibus Parque D. Pedro, um dos maiores no centro da cidade.
Munidos apenas com cassetetes, cerca de 30 policiais faziam um cordão de isolamento para proteger a entrada. Mas foram surpreendidos com o lançamento de garrafas, pedras e pedaços de paus por um grupo de manifestantes.
A situação ficou tensa e a tropa de Choque chegou para reforçar o efetivo, evitando a invasão e lançando bombas de gás contra milhares de pessoas que aguardavam orientações das lideranças do movimento sobre que caminho seguir pelo centro da cidade.
O MPL reivindica redução da tarifa do transporte público, reajustada no dia 1º deste mês, passando de R$ 3 para R$ 3,20.
A manifestação começou ocupando uma das pistas da Avenida Paulista e seguiu sob forte chuva por avenidas principais do centro até a Praça da Sé, localizada próxima ao terminal onde ocorreu a confusão.
Até então, predominava o cheiro de tinta spray usada para pichar muros, paredes e ônibus durante todo o trajeto do grupo com mensagens de protesto contra a tarifa. Alguns manifestantes tentavam entregar flores aos policiais. Integrantes do movimento feminista “Femen” mostravam os seios a pastores de igrejas evangélicas do centro.
Mas, quando a PM reagiu ao ataque do grupo que tentou invadir a estação, o confrontou se iniciou e se espalhou pelas região da Sé, onde estão dezenas de prédios históricos de São Paulo.
A tropa de choque formou cordões que dispersavam os grupos com mais bombas. Manifestantes reagiram depredando orelhões, vidros de agências bancárias e lojas durante o a fuga. Um grupo voltou à Avenida Paulista, onde ocorreu novo enfrentamento com os agentes de segurança e lançamento de mais bombas de efeito moral.
Nos cálculos da polícia, a manifestação reuniu 10 mil pessoas, já que o grupo crescia com a adesão de quem voltava do trabalho para casa. Representantes do movimento se reúnem hoje com o Ministério Público e com membros da prefeitura para levar a reivindicação.
Antes da passeata do MPL, a Avenida Paulista foi palco de outros protestos promovidos por servidores da saúde e educação e policiais civis, encerrados na tarde desta terça-feira.

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