quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

DELATORES DA LAVA JATO DEPORÃO CONTRA POLÍTICOS

Paulo Roberto Costa - Sessão da CPI mista Petrobras, presidida pelo , primeiro vice-presidente, o senador Gim Argello (PTB-DF), destinada a acareação entre os dois ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa (Abastecimento) e Nestor Cerveró (Internacional), nesta terça-feira (02), no Congresso, em Brasília
Paulo Roberto Costa apontou dezenas de políticos que estariam envolvidos no petrolão (Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef vão prestar depoimentos complementares a partir desta quarta-feira para dar detalhes adicionais sobre a participação de políticos no escândalo do petrolão. As novas audiências foram autorizadas pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), depois de pedido do Ministério Público Federal.
Os depoimentos não incluem fatos novos, mas servem para checar as declarações dos dois principais delatores do petrolão, cruzar dados de provas colhidas pelos investigadores e embasar o MP a apresentar denúncias contra deputados e senadores apontados como beneficiários do esquema de cobrança de propina e lavagem de dinheiro na Petrobras. A intenção do procurador-geral da República Rodrigo Janot é encaminhar pedidos de abertura de inquérito e denúncias contra autoridades com foro privilegiado citadas na Operação Lava Jato logo depois do Carnaval.

Paulo Roberto Costa assinou acordo de delação premiada no dia 27 de agosto e apontou o nome de deputados, senadores e ex-governadores que receberam propina do esquema criminoso. Reportagem de VEJA revelou que o ex-diretor afirmou à Justiça e ao Ministério Público que políticos da base aliada à presidente Dilma e que o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, que disputava a Presidência da República ao lado de Marina Silva, receberam dinheiro do esquema.
O rol de citados pelo delator inclui três ex-governadores, senadores, um ex-ministro do governo Dilma e pelo menos 25 deputados federais que embolsaram ou tiraram proveito de parte do dinheiro roubado dos cofres da estatal. De acordo com depoimento de Costa, o esquema funcionou nos dois mandatos do ex-presidente Lula, mas também adentrou a atual gestão da presidente Dilma Rousseff.

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