terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

LIDERES NO SENADO DISCUTEM SOBRE IMPEACHMENT DE DILMA

Cássio Cunha Lima bateu boca com Lindbergh Farias
Cássio Cunha Lima bateu boca com Lindbergh Farias (Lula Marques/Folha Imagem/VEJA)
O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), bateu boca nesta segunda-feira com o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) após o tucano afirmar que a discussão sobre um eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff não pode ser tratada como “golpismo”. Cunha Lima disse que a sociedade começa a se mobilizar contra a “inércia” e “omissão” do governo, atolado em sucessivas denúncias de corrupção.
“Durante o final de semana, houve uma profusão de mensagens convocando para um ato público no próximo dia 15 de março e já defendendo o impeachment da presidente, num ambiente em que o Brasil se depara com uma grave crise ética, sem precedentes na nossa história. O que se percebe é um governo inerte, um governo absolutamente omisso diante da gravidade da situação que o país enfrenta. Ao se pronunciar a palavra impeachment, não pode haver arrepios nem sequer reações que possam ser traduzidas como golpistas”, disse o tucano. A fala causou protestos do senador petista Lindbergh Farias, que, como "cara-pintada", participou ativamente dos protestos pelo impeachment do ex-presidente Fernando Collor.
“Não é acusar o povo de golpista, mas tem uma minoria golpista se organizando nesse país, como fizeram com Getúlio Vargas, João Goulart. Estimuladas, sim, pelo PSDB, que questionou o processo eleitoral ao seu final", disse Lindberg. Irritado, ele criticou a comparação entre o ambiente político-institucional do governo Collor e as denúncias de corrupção na Petrobras. " Vocês estão sendo maus perdedores. Isso é golpismo. Não me venha comparar momentos que não têm nada a ver na história. Aqui, é grito de quem perdeu a eleição e está querendo mudar o resultado”, disse o petista.
“Não é esse o caminho que nós queremos trilhar”, retrucou o senador do PSDB. “Quem fala nisso [impeachment] e fala em tom cada vez mais alto é o povo brasileiro. É o povo na rua que está falando cada vez mais nisso. Não se pode falar em golpismo quando se pronuncia a palavra impeachment”, disse ele

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