terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

MINISTÉRIOS TERÃO QUE GASTAR POUCO POR FALTA DE ORÇAMENTO.


Wilson Dias/Agência Brasil - 1/1/15
Um mês e meio após tomar posse para o segundo mandato, o governo da presidente Dilma Rousseff ainda se arrasta do ponto de vista administrativo. Não são apenas os problemas enfrentados com os escândalos de corrupção da Petrobras ou o quadro econômico desgastado que provocou a recessão em 2014 — os dados oficiais do IBGE ainda não foram anunciados, mas o Banco Central mostrou uma retração de 0,15% no ano passado — que paralisam o governo. A ausência de nomeações no segundo e no terceiro escalão e a não aprovação do Orçamento de 2015 amarram os ministros empossados em primeiro de janeiro.

 
Dos 39 titulares da Esplanada, os que mais apareceram até o momento foram os integrantes da equipe econômica: Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento) e Alexandre Tombini (Banco Central). “É natural que isso aconteça. Os números da economia, não são bons e o ajuste, com a correção de rumos na economia precisa ser feito. Por isso, eles tornaram-se os protagonistas neste período inicial”, explicou um dos ministros mais próximos à presidente Dilma.No Congresso, a percepção não é bem essa. “O que está faltando nesse governo é política. Sem ela, nada funciona”, vaticinou um senador petista. “Já vi governos péssimos do ponto de vista administrativo que se sustentaram apenas politicamente. E obtiveram êxito”, lembrou o parlamentar. “Dilma está errando tanto porque ela nunca foi congressista, nunca organizou uma campanha política, nunca precisou passar o chapéu em busca de financiamento”, resumiu. “A conversa é a essência da política”, completou. 

No encontro que teve na última quinta-feira com o ex-presidente Lula, Dilma ouviu a recomendação de que liberasse os ministros para conversar com os congressistas para “sentir a temperatura e os ânimos da base”. Na prática, isso seria transformar em realidade os planos feitos pela própria presidente, ao compor, em dezembro, uma equipe ministerial, em tese, com mais capacidade de diálogo com os setores que representam e mais habilidade para promover a negociação política com as legendas às quais são filiados

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