sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

NOVO PRESIDENTE DA PETROBRÁS SERÁ SURPRESA

Fachada do edifício da Petrobras no Rio de Janeiro - 12/12/2014
Fachada do edifício da Petrobras no Rio de Janeiro - 12/12/2014 (Vanderlei Almeida/AFP)
O Conselho de Administração da Petrobras se reúne a partir das 9h desta sexta-feira para decidir o novo presidente e a nova diretoria da estatal. Na última quarta, Graça Foster e cinco diretores da companhia renunciaram ao cargo, na esteira da crise deflagrada pelas investigações da Operação Lava Jato.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, embora o presidente da Vale, Murilo Ferreira, seja um dos mais cotados para assumir o comando da Petrobras e o atual presidente do BNDES, Luciano Coutinho, esteja sendo tratado como uma "solução emergencial" para ocupar a presidência da petroleira, fontes próximas ao Planalto dizem que Dilma Rousseff pode lançar mão de uma "surpresa".

A governante corre contra o tempo para encontrar alguém com credibilidade no mercado para reerguer a empresa, mas ganhou dois novos obstáculos na quinta: a criação de uma nova CPI da Petrobras na Câmara para apurar desvios do petrolão e a 9ª etapa da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Os dois elementos reforçam o que é apontado nos bastidores como o maior empecilho para se encontrar um substituto para Graça Foster: o risco do surgimento de irregularidades ainda não detectadas.

A presidente passou a quinta-feira fazendo contatos, auxiliada mais de perto pelo ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante. A intenção do Planalto é anunciar a nova diretoria nesta sexta, na reunião do Conselho de Administração da estatal, em São Paulo. Na quinta, Dilma deixou cedo o Planalto, antes das 18 horas, mas foi ao Palácio do Alvorada e deu prosseguimento às reuniões com sua equipe de coordenação política.

Cotados – O presidente da Vale, Murilo Ferreira, estava em alta em Brasília por causa da boa reputação no mercado, além de contar com o apoio integral de Mercadante e com a simpatia e reconhecimento de Dilma por ter assumido a Vale, depois da saída de Roger Agnelli. Ferreira é apontado também como alguém capaz de fazer mudanças fortes na condução da Petrobras, produzindo um efeito semelhante ao que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, gerou em relação à política econômica

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