quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

MINISTÉRIO PÚBLICO FAZ MAIS UMA DENÚNCIA CONTRA CERVERÓ

O Ministério Público denunciou o ex-diretor de Internacional da Petrobras Nestor Cerveró por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Ele é apontado como um dos homens do PMDB na estatal. A força-tarefa da Operação Lava-Jato denunciou ainda o lobista Fernando “Baiano” Soares, apontado como operador do PMDB pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, e Oscar Algorta, ex-presidente do Conselho de Administração da Jolmey S/A no Uruguai.
A procuradoria pede que valores das contas de Cerveró, que está preso desde janeiro, sejam bloqueados, assim como um apartamento no Rio avaliado em R$ 7 milhões.
Os procuradores acusam Cerveró de usar seu cargo para favorecer contratações de empreiteiras desde que elas pagassem propina. O intermediário seria Baiano. E o MPF alega que Algorta lavou o dinheiro do suborno porque comprou com ele uma cobertura de luxo no Rio de Janeiro, em nome da offshore Jolmey.
Na verdade, o imóvel pertence a Cerveró, sustenta a força-tarefa. Ele morava na cobertura pagando aluguel de R$ 3.500 por mês, valor “muito abaixo do valor de mercado”, segundo a Procuradoria. "O objetivo de Cerveró e Algorta era simular uma uma locação do imóvel como forma de ocultar a real propriedade do bem e evitar que Cerveró pudesse ser alvo de investigação por enriquecimento sem causa – e claro, de corrupção", afirmam eles na denúncia.
Esse é a segunda denúncia criminal oferecida contra Cerveró e Baiano. Em dezembro, o MPF acusou-os de receber US$ 40 milhões em propina para fecharem a contratação de dois navios-sondas da Samsung. Quem pagou a propina foi o executivo Júlio Camargo, com o apoio do doleiro Alberto Youssef, segundo a Procuradoria.
Suíça
Pela tese da acusação, parte do dinheiro lavado também foi remetido à Suíça. Os valores ainda foram investidos na filial da Jolmey no Brasil. Para o MPF, a empresa está em nome de laranjas e o dono verdeiro é Cerveró

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